terça-feira, 27 de julho de 2010

Edição de Abril de 2009 da Revista Vogue para Homens


Encontrei parte da reportagem que a revista Vogue para Homens fez a Robert Downey Jr., ano passado, em Londres.
Com muito carinho, passei a tarde toda traduzindo a reportagem, e então me desculpem se encontrarem erros aí. Foi trabalho meu, se quiserem reclamar mandem-me um email para priscillasanttos@gmail.com . Todas as críticas são bem vindas, desde que não seja simplesmente para enxer o meu saco.
As imagens da revista (e que imagens viu!) estarão ao final da reportagem.
então: enjoy it!


REPORTAGEM DA EDIÇÃO DE ABRIL DE 2009 DA REVISTA VOGUE PARA HOMENS


[É Elementar

Estou sentando a uma mesa baixa de madeira em um pub de londres, numa terça-feira particularmente chuvosa esperando por Robert Downey Jr. Este não é um pub qualquer, é o Punchbowl, um exclusivo Mayfair. Um dos seus proprietários, Gui Ritchie, está dirigindo o filme Sherlock Holmes, no qual Downey vai estrelar como o britanico detetive vitoriano incluindo um elenco formidável com Jude Law e Rachel McAdams (O filme estréia este ano).

O lugar está cheio de pessoas que acabaram de sair do trabalho. Estou um pouco preocupado se eu (meu gravador) conseguiremos ouvir RDJ na multidão. Enquanto estou distraído olhando ao redor, escuto uma voz perguntando educadamente ao garçom onde eu estava, me levanto e aceno.

Downey está usando um chapéu e capa de chuva além de um vivo e elegante guarda-chuva. Ele me dá um afetuoso beijo nas bochechas e logo se senta no canto. Ele ainda é o Homem de Ferro musculoso, mantendo a forma física com a arte marcial que adora, Wing Chun, e me fazendo acreditar que ele pode bater em qualquer maldito bandido que apareça na W1 esta noite. Seu ar é jovial, com as faces rosadas de um quarentão bem cuidado, que mais tarde seria explicado pela quantidade de remédios naturais na bolsa para sua segurança, uma variedade deles, sempre à mão. Organizadamente, guardou todo seu conjunto de roupas de chuva ficando somente com o chapéu.

Em um ato de premeditada astúcia, coloco meus cigarros na mesa e espero, depois de tudo o que li, que seja verdade o fato de que Downey fuma Camel e possivelmente pode querer um se a conversa demorar. Ele não morde a isca. Em vez disso, olha com desgosto para minha Coca Diet e pede para a garçonete trazer para ele uma coca normal.

Sobriedade não faz parte de seu humor. Ele me falou da leitura de Sherlock Holmes enquanto o elenco, que estavam com seus nomes em etiquetas, se apresentavam. Quando chegou sua vez Downey disse: “Oi, sou Robert Downey Jr. e faço caras e bocas por dinheiro e gatinhas.”

Sua esposa por quatro anos, Susan, foi a produtora do filme de Ritchie RocknRolla (A grande roubada) o qual Downey adorou. “Então, eu estava falando com Guy pelo telefone – pensei que ele queria falar com Susan – e no final ele disse, ‘a propósito, e pensei em você para fazer Sherlock, mas você não está indicado para isto.’ Eu fiquei ressentido e realmente queria fazer”. Ele ri – um reconhecimento de que as coisas que não podemos ter são infinitamente mais sedutoras. “Eles acabaram percebendo que Susan, Guy Ritchie e eu poderíamos ser uma combinação interessante; que Susan e eu poderíamos sim estar juntos em locações, e era a única forma que eu poderia fazer; perceberam como eu estava entusiasmado; e de como sou um grande fan. Então, como não contratar o cara que esteve, finalmente, em um grande filme” – Homem de Ferro – “depois de 25 anos?”

A auto-depreciação de Downey não foi muito longe. Sua nomeação ao Oscar por Chaplin não representou a marca dos 25 anos de longas. Mas ele não teve uma carreira convencional, já aos cinco anos de idade interpretou uma criança doente em Pound, mais conhecido como Putney Swope, filme do aspirante diretor, Sr. Robert Downey, seu pai. Em 1987, o ator emocionou ao interpretar o bom garoto toxicodependente Julian Wells em Less Than Zero (Abaixo de Zero) um obscuro romance de Bret Easton Ellis sobre a juventude sem afeto de L.A. Ele sentiria na própria pele este personagem, sendo seduzido por ela logo depois. Você não sabia se queria comê-lo, beija-lo ou dar um soco em sua cara – talvez os três. Seu Charlie Chaplin foi mais uma possessão do que interpretação, e eu ousaria dizer que ele não foi simplesmente bom, ele foi verdadeiramente brilhante.

Chaplin foi seguido de grandes papéis, entre eles, Short Cuts (Cenas da Vida), Natural Born Killers (Assassinos por Natureza), Wonder Boys (Garotos Incríveis) e Ally McBeal (no qual teve uma saída conturbada em 2001), e , oh, o clipe da música “I Want Love” de Elton John. Então veio The Singing Detective (Crimes de um detetive); Gothika (Na companhia do Medo) – onde ele conheceu sua esposa – kiss Kiss, Bang Bang (Beijos e Tiros); Good Night and Good Luck (Boa Noite, Boa Sorte); Zodiac (Zodíaco); Iron Man (Homem de Ferro) – que faturou mais de meio bilhão de dólares pelo mundo – e Tropic Thunder (Trovão Tropical) o grupo de comédia de Ben Stiller, pelo qual ele recebeu uma indicação ao Oscar. Neste mês temos The Soloist (O Solista), onde Robert interpreta o colunista do L.A. Times, Steve Lopez, que encontra um brilhante musico esquizofrênico (interpretado por Jamie Foxx). A carreira de Downey, em outras palavras, tem sido implacável.

O Punchbowl ficou terrivelmente barulhento. Downey pega meu gravador e aperta o play para reproduzi-lo. “Você nunca vai conseguir transcrever isto”, ele diz. “Venha”.

Uma ínfima palavra à garçonete, e nós estamos sendo conduzidos animadamente a uma fresca sala de jantar particular na parte de cima. “me dá o gravador”, Ele faz um pequeno som e então o volta para escuta-lo. Ele continua fazendo o som por um certo tempo, como um compasso.

Você ainda fuma? Eu pergunto.

“Sim, eu trago alguns cigarror, então antes que tenha uma ataque de fúria, eu fumo e não solto os cachorros em pessoas inocentes.”

“Posso te perguntar se podemos fumar aqui, já que não tem mais ninguém?”

“Eu prefiro implorar perdão do que pedir permissão.” Atacou ele.

Este tem sido o seu grande lema. Resumidamente, ele fumava maconha com o pai quando era criança, uma introdução aos anestésicos quando era um jovem adulto e se tornou viciado em crack, cocaína e heroína. Downey passou de 1996 a 2001 dentro e fora de centros de reabilitação e cadeias, acabando na Prisão do estado da Califórnia onde ele passou um dos três anos sentenciados. Ele é talvez mais conhecido pelo seu envolvimento no submundo do que pelas coisas boas que criou e cultivou para seu proveito: seu filho Indio, fruto do primeiro casamento com Deborah Falconer, em 1993; sua música (Downey lançou o álbum O Futurista, em 2004, pela Sony Classical, cantando músicas nostálgicas e tocando piano); seus papéis depois e durante seu estado de dependência (o impacto em seu trabalho foi o de menos); seu casamento com Susan Levi em 2005; sua pintura (imagine se Edvard Munch fosse um surfista erudito); e sua vida como é agora: limpa e sóbria desde 2003, reforçada por uma rotina constante de wing chun, acupuntura, shiatsu, naturopatia, e o velho cigarro.

Downey menciona o tópico do encarceramento, como a sombra cansada de um lutador, pendendo para um humor cansado e uma pitada liberal de urina e vinagre. Ele bebe refrigerante, e esta é a melhor arma contra o julgamento dos outros. E misericórdia não faz parte do ping pong irregular do seu vocabulário. A única menção a isto é uma piada quando ele satiriza os personagens da Disney olhando ao redor e suspirando, “Às vezes eu gostaria de ser o mais alto ou tão pequeno para descobrir quem realmente gosta de mim pelo o que eu sou.”

“Meu coração está partido” Eu digo.

“Ocasionalmente eu sonho como os desenhos animados.” Ele responde, fatalmente.

“Você acredita em terapia?” Eu pergunto

“Não”. Ele sorri. “Sou um firme defensor da separação de todas as peças, para que não haja sofrimento. Muitas coisas mudaram – novo relacionamento, um filho e uma ex. E, neste momento, estou simplesmente cortando os próximos metros desta selva”.

Eu aponto para uma pequena garrafa de água que ele brinca. “É um anti-séptico para as mãos?”

“Sim. Eu sou um indivíduo que parece higiênico. A Sra. Downey diria que me limpo como um gato.”

Guy Ritchie entra na sala com seu filho de oito anos, Rocco. “Diz Oi para o Homem de Ferro.”, ele fala para o garoto.

“oi”, Diz Rocco, se aproximando timidamente de Downey.

“E aí cara!”, diz Downey, “Como é que vai esta força?”

Rocco toma a caneca do pai, e durante a conversa deles Downey olha para mim de soslaio perguntando se eu me importo. Eu nego com a cabeça.

Nós estamos na casa que os Downeys alugaram durante as filmagens de Sherlock Holmes – o grande momento que será em algumas semanas, quando Downey é nocauteado por um poderoso golpe dado pelo ator e pugilista profissional Robert Maillet. A sala de estar elegantemente acolchoada também está entulhada de remédios homeopáticos e caixas de cigarro. Downey abre as portas do terraço. “Eu adoro Londres”, diz. Consegue se imaginar vivendo aqui o tempo todo? “com certeza. Como não adorar?”

E é aqui – entre assuntos como praia de nudismo (ele esteve em uma), shamans (este foi eu), comunidades terapêuticas (me perdi nisto), - que eu fiz algo realmente imbecil. Eu o parabenizei. Não pude evitar. Ele estava tão feliz, e toda esta felicidade, generosidade e boa vontade jorraram em uma grande inundação excêntrica. Ele pareceu um pouco horrorizado, acho que não tanto quanto eu, “Não estou sendo condescendente.” Eu digo.

“Tudo bem”, ele responde, “Eu vou aceitar os parabéns porque eles estão em falta. ‘Deus, é tão bom te-lo de volta!’ é uma maldita ofensa porque eu não fui a lugar nenhum. O pior de todos é: ‘é tão bom vê-lo novamente atuando’, o que é basicamente uma forma de dizer ‘estou feliz de te ver bom o bastante para trabalhar, macaco, trabalhe’”. Downey faz uma careta e sua voz aumenta, “porque – sabe? – Eu sei que presto um serviço a vocês. Mas eu não sou um garçom. Quando eu era um garçom era um dos bons. Eu trabalhei muito, mas também deixei cair algumas bandejas. Mas eu realmente trouxe o seu maldito chá de hortelã.

Enquanto observo aquele rosto diante de mim, em um misto de comédia e tragédia, algo me diz que esta é a verdade indiscutível.]


LINK DA REPORTAGEM ORIGINAL:


http://www.vogue.com/mensvogue/2009_April_Robert_Downey_Jr/


ESSA É APENAS UMA PARTE, INFELIZMENTE AINDA NÃO ENCONTREI A EDIÇÃO INTEIRA. AS FOTOS(E QUE FOTOS!) ESTÃO ABAIXO :






DOWNEYKISSES!

2 comentários:

Joice Natally disse...

nossa ele éh muito gato
sou dmaos a fã dele

Joice Natally disse...

Nossa Ele é muito Gato!! sou dimais fã dele..